sexta-feira, janeiro 16, 2009

Paintball

Acho que todo mundo sabe o que é paintball. Mas, para aqueles desavisados que quando crianças só brincaram de revolver de água, aqui vai a definição (obrigado, Wikipedia):

O Paintball é um esporte que consiste de um jogo onde duas ou mais equipes competem entre si, usando armas de bolas que soltam tinta ao atingir o adversário. O objetivo é apanhar a bandeira do outro grupo, na forma mais popular do jogo, e quanto mais adversários forem eliminados mais fácil fica de completar o objetivo.

Ou seja, o objetivo é “matar” o adversário dando um tiro de tinta nele. Simples...

Feitas as devidas apresentações, vamos agora ao assunto desse artigo, que são as acusações vindas de todas as partes do mundo de que Israel está empregando “força desproporcional” em Gaza.

Como esse blog não podia perder a chance de surfar na onda do politicamente correto, aproveitamos então para sermos os primeiros no mundo a lançarmos a campanha para que Israel passe a combater os terroristas com... armas de paintball!

Vocês hão de convir que a idéia é fantástica. Acabaria com vários problemas:

1- Os terroristas poderiam continuar lançando foguetes diariamente, durante o dia todo, sem serem incomodados.

2- Iriam morrer muito mais israelenses do que palestinos, aplacando a ira mundial que reclama que estão morrendo mais palestinos que israelenses. Poderiam até colocar um placar enorme, com resultados instantâneos transmitidos pela TV e pela internet, mostrando quantos israelenses estarão morrendo por dia. A ONU teria a responsabilidade de, como a entidade absolutamente neutra e honrada que é, definir de antemão a quota mínima diária aceitável de israelenses que teriam que morrer. O Lula lançaria até uma Loteria, cujo lucro reverteria para mais algum programa assistencialista e para o fundo de reeleição para o terceiro mandato, onde ganharia quem acertasse o número de israelenses mortos na semana. Os resultados seriam anunciados no domingo, no Fantástico, ou no Faustão, já que o Silvio Santos é judeu e suspeito.

3- O Irã iria desistir de conseguir armas nucleares, já que para varrer Israel do mapa bastaria qualquer arma, nem que fosse estilingue e arco e flecha. O mundo poderia finalmente respirar em paz.

4- Israel não seria mais taxado de estado nazista, já que as tropas de Hitler nunca tiveram a brilhante idéia de usarem paintball para combater as forças aliadas ou para as torturas e assassinatos nos campos de concentração.

5- Os terroristas poderiam deixar as crianças muçulmanas crescer como crianças, pelo menos brincando com paintball, ao invés de brincarem com armas de verdade.

6- Não mais assistiríamos a cenas horríveis na Al Jazeera de crianças e mulheres ensangüentadas ou mortas, porque os terroristas não iriam mais precisar usá-las como escudos humanos e nem esconder armas em mesquitas, escolas e hospitais, ou usar ambulâncias para transportá-las.

7- Os Estados Unidos continuariam a ser chamados de império capitalista demoníaco por fornecer as armas de paintball para Israel, mas poderiam ceder o controle da tinta para a OPEP, que então “regularia” o preço de forma justa, visando o bem da humanidade, como já faz hoje com o petróleo.

8- Gaza se tornaria um lugar alegre e viraria atração turística, com visitantes do mundo inteiro querendo ver a profusão de cores geradas pelos tiros de paintball em suas ruas, casas e muros. Haveria uma votação na internet para incluir Gaza entre as maravilhas do mundo moderno.

Logicamente, como em qualquer solução, por melhor que seja, logo apareceria algum espírito de porco reclamando (provavelmente a França ou uma ONG), dizendo que a tinta dos paintball está sujando a roupa dos coitados dos terroristas, que estão sem dinheiro para a lavanderia. A Cruz Vermelha e outras entidades de assistência fariam coletas de roupas e de dinheiro para ajudar a manter os terroristas limpinhos.

Os aiatolás diriam que Israel está usando tinta impura, porque os infiéis querem profanar o Islã e declarariam um novo Jihad contra o demônio sionista e o contra o império americano até que Israel passe a usar armas que disparem apenas ar.

Por fim, vencidos, os israelense que sobrassem não teriam escolha a não ser ir novamente para a diáspora. Não satisfeitos, os países árabes, reunidos em Damasco, exigiriam a imediata retirada da Palestina ocupada, alegando que o conjugado no Barata Ribeiro 194 (antigo 200), onde o que tiver restado do Estado de Israel teria se estabelecido, havia pertencido a um descendente de Maomé...