quarta-feira, julho 18, 2012

Diários de Viagem: 11 - Cruzando Israel de novo, de Eilat para Netanya

Recapitulando onde paramos (que nem novela): Dormimos em Eilat, acordamos cedo para fotografar o sol nascendo no MarVermelho, mas o sol não colaborou e se escondeu atrás das nuvens.

Depois de dormir mais um pouco, descemos para tomar o café da manhã, que era servido num salão defronte à piscina. Pena que não tiramos fotos: tinha tanta variedade de comidas e bebidas que mais parecia buffet de churrascaria. Vários tipos de pães, bolos e biscoitos, muitas saladas, frios, queijos, ovos de tudo quanto é jeito (e se ainda preparavam na hora se quisesse diferente), sucos, leites, chás, cafés, frutas. Em resumo, um salão enorme com mesas cheias de comida em volta.

Tinha muita gente, mas eles estavam repondo rapidamente o que acabava. Achamos um lugar do lado de fora, com vista para o mar e para a piscina. Se eu pudesse, ficava lá o dia todo... Mas, infelizmente, não cabia mais no estômago e resolvemos andar até a praia, que ficava um pouco depois do Observatório Submarino. A praia em si não era grandes coisas, pois a areia era meio dura e na água o chão era de pedras. Estava ventando bastante e a água bem fria, o que não deu ânimo para entrar. Molhamos só as mãos e os pés para podermos dizer que tínhamos entrado no Mar Vermelho (que não se abriu para passarmos).

Voltamos para o hotel, ficamos mais um pouco na piscina e subimos para tomar banho, fechar as malas e fazer o checkout. Veio um carrinho daqueles de golfe que mencionei e nos levou para baixo. O checkout foi rápido, deixamos as malas dentro do carro e fomos andando para o Observatório.

O Observatório tem praticamente duas partes: uma em terra, onde tem aquários diversos e outra no mar, onde você pode descer abaixo da superfície da água para ver o fundo do mar. Percorremos a parte em terra, vendo desde aquários gigantescos com tubarões, arraias e muitos peixes (inclusive vimos uma apresentação do mergulhador alimentando os peixes), como aquários menores com coisas mais "exóticas" como piranhas da Amazônia, ostras de pérolas, águas-vivas e até peixes que vivem em altas profundidades, no escuro. Havia muitos grupos escolares e estava bem movimentado. Foi interessante e educativo.

Depois, andamos pela ponte que liga à parte que fica no mar. Ventava muito, mas o visual era lindíssimo, como se estivéssemos num barco (algumas das fotos que coloquei no álbum do nosso hotel foram tiradas de lá). O Observatório é uma plataforma metálica com basicamente 3 níveis, ligados através de uma escada de metal, chegando a lembrar o interior de um navio: pouco acima do nível do mar, por onde a gente entra e tem um restaurante; bem no alto, de onde se tem uma vista panorâmica; e abaixo do nível do mar, no fundo. Esta é a mais atraente, pois permite visualizar os bancos de corais que ficam no fundo do mar e toda a vida em volta - peixes, crustáceos e os próprios corais, a água transparente e o fundo de areia branca. Pena que as fotos não fazem jus à beleza e à paz que o visual transmite. De qualquer forma, veja as fotos e filme do observatório clicando aqui.

O Rancho de camelos, em Eilat
De lá, voltamos para o hotel para pegar o carro e fomos num lugar na mesma rua que segundo a placa no caminho, seria um rancho de aluguel de camelos.

Ao chegarmos lá, estava fechado até 3 da tarde. Ora, como tínhamos ainda muito chão pela frente até Netanya, nosso próximo destino, não pudemos esperar e fomos embora sem andar de camelo mesmo. Mas, tiramos uma foto pelo menos para registrar...




De Eilat para Netanya
A viagem de Eilat para Netanya leva em torno de 4 horas, sem parar. Ela cruza de novo o Negev (dessa vez enchi o tanque antes de sair de Eilat), na direção de BeerSheva e depois vai para o litoral, na direção de Tel-Aviv e sobe para Netanya.

Como o nosso destino realmente era Cesarea e Akko, no litoral norte de Israel, nós tínhamos programado pernoitar em Netanya para não ficar tão cansativo. Pesquisando nos guias de viagem, Netanya parecia ser um lugar simpático, mas sem grandes atrativos.

Cruzando novamente o deserto,  vimos novamente tanques, placas alertando "camelos cruzando a pista" e depois passamos por muitas cidades. Chamou bastante atenção como Israel sendo um país seco e praticamente desértico tem tantas plantações e como as pessoas mantém tudo muito florido e bem cuidado.

A viagem desta vez não teve drama, mas o GPS se enrolou muito. Num determinado ponto, pegamos um pedaço da estrada na direção errada e quando fomos ver estávamos chegando na barreira na entrada da área sob controle da Autoridade Palestina, na direção de Hebron (veja mapa). Mais que rapidinho demos meia volta e voltamos!



Paramos algumas vezes, o que, associado ao GPS bêbado e ao trânsito em algumas partes (como na área de Tel-Aviv), fez com que levássemos mais do que 4 horas. Veja as fotos da viagem clicando aqui.

Chegamos em Netanya no começo da noite. O hotel ficava numa rua movimentada e conseguimos estacionar o carro meio que precariamente na rua, para podermos ir fazer o check in. Aí disseram para colocarmos no estacionamento atrás do hotel e passaram instruções de como chegar lá. Obviamente, não funcionaram e, depois de darmos várias voltas, entramos no que teoricamente seria uma contramão e estacionamos. Numa dessas voltas, a luz do freio ABS do carro acendeu por uns instantes, o que era preocupante já que ainda tínhamos muitos km a percorrer nos próximos dias.

O hotel era estilo antigo, como aqueles hotéis de Miami Beach. Por ser kasher, tinha muitos ortodoxos (que nem Miami). O quarto era confortável e limpo. A grande vantagem é que ficava a uma quadra da praia. Depois de conseguirmos subir com a bagagem, tomar banho e nos arrumarmos, fomos andar pelas redondezas. Tínhamos lido que havia uma praça (Ha'atzmaut Square) que era o "point"da cidade, com vários restaurantes em volta.

Fomos primeiro procurar uma drogaria, pois a Pat estava com uma reação alérgica no braço, pela exposição ao sol. No caminho, passamos por uma lanchonete que vendia caldo de cana feito na hora! Faltou só terem pão de queijo ou pastel de vento... Achamos a drogaria e compramos uma pomada. De lá, fomos para a tal praça, que estava em obras, mas que realmente era cercada de restaurantes com cadeiras na calçada. Como Netanya tinha tido muita imigração de franceses, notava-se nos cardápios a influência, o que era um bom sinal.

Depois de hesitarmos com tantas opções, sentamos em um restaurante que parecia bom. Nos deram o cardápio e disseram que viriam nos atender. Ficamos uns 10 a 15 minutos sentados sem que ninguém aparecesse. Como nossa paciência àquela altura já não era das maiores, não tivemos dúvida: levantamos e fomos para outro, onde fomos prontamente atendidos.

Jantando em Netanya
Trouxeram 10 (dez) aperitivos! Quase mandei cancelar a comida, porque só os aperitivos já matavam a fome... Estava uma noite agradável, com bastante movimento, mesmo sendo tarde.

Depois do jantar, demos uma circulada pelas banquinhas de alguns vendedores de artesanato que estavam na praça e fomos para o hotel, pois o dia tinha sido longo.

No próximo capítulo, uma agradável surpresa!






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Um comentário:

Janete disse...

As imagens são de tirar o folego! As cores, a variedade de peixes,tudo muito bonito e mais uma vez: a conservação e preservação presente. Camelo é respeitado...merece até placa de alerta!