quarta-feira, junho 06, 2012

Diários de Viagem: 4 - Em Roma (dia 3) e a caminho de Israel

Restava pouco tempo em Roma, pois no começo da tarde iríamos para o aeroporto pegar o nosso vôo para Londres e Tel Aviv. Então resolvemos acordar cedo para visitarmos os lugares que faltavam.

As malas estavam praticamente prontas. Tomamos o café da manhã e fomos procurar a Praça Barberini, onde haveria mais uma fonte de Bernini.

Como a Fontana di Trevi ficava no caminho, passamos lá mais uma vez, já que só tínhamos ido à noite. Ao chegarmos lá, resolvemos um grande mistério: o destino das moedas que são jogadas na fonte!  A fonte estava desligada e tinha uma equipe, protegida por policiais, usando equipamento de sucção e sugando as moedas, que supostamente seriam depois doadas para caridade. Se por um lado não pudemos fotografar a fonte funcionando (o processo de retirada das moedas era muito lento e não tínhamos tempo a perder), por outro foi interessante descobrir que fim levavam as moedas. Veja as fotos clicando aqui.

O tempo continuava meio ruim, com chuviscos esparsos. Continuamos rumo à Praça Barberini. No caminho, passamos por vários prédio comerciais e é impressionante a quantidade de scooters não só circulando na rua, mas estacionados na frente dos prédios. Tinha até uma BWM que era quase um carro, com capota e limpador de para-brisa!

Scooter BMW


A Praça Barberini fica num cruzamento de várias ruas de trânsito intenso, num lugar feio e nem perdemos tempo. Por acaso, no caminho nos deparamos com o Palácio Barberini, que foi construído pela família dele na época em que ele foi papa e, mais uma vez, é obra do Bernini. O palácio hoje é sede do Museu Italiano de Arte Antiga. Como ainda era cedo, estava fechado, mas deu para fotografarmos o prédio, que por sinal tem uma escada helicoidal famosa e, para variar, uma fonte do Bernini. Veja as fotos aqui.

Continuamos então na direção da Praça do Quirinale, onde fica o Palácio do mesmo nome, sede do governo italiano. Para chegar nele, andamos pela Via del Quirinale, que apresenta um contraste interessante. O Palácio faz parte de um complexo de prédios contínuos que fazem quase um retângulo, ocupando uma área enorme. Os prédios são muito feios, estilo caixa e até pensei que eram da época do fascismo (Mussolini), mas eles são bem mais antigos. Entretanto, na área interna, há o jardim do palácio que parece ser muito bonito (a entrada, obviamente, é proibida ao público). Fotos do Palácio e arredores, aqui.

Como o palácio fica no morro Quirinale, o mais alto dos 7 morros de Roma, descemos rumo ao Pantheon. As ruas do centro histórico de Roma são muito estreitas (provavelmente por serem antigas), quase não dá um carro mas mesmo assim algumas são de mão dupla e passa até caminhão. Em várias praticamente não há calçadas. Há também muitas Piazzas (praças), em geral circundadas por bares e restaurantes, ou por lojas. Outra coisa que notamos é que enquanto em New York há um Starbucks em cada esquina, em Roma há uma igreja em cada esquina...

Chegamos ao Pantheon. Por fora, não parece grandes coisas. Mas por dentro, é incrível. O formato e o teto dão uma sensação interessante. Ele foi construído por volta de 126 AC como um templo para todos os deuses (em grego Pantheon quer dizer "para todo deus"), mas desde o século 7 é usado como igreja, o que me surpreendeu. Achei que era apenas mais uma edificação da Roma antiga. A cúpula é aberta, então pode chover dentro, mas permite a entrada de luz natural.

Tiramos muitas fotos e filmamos, tanto dentro, quanto do lado de fora, na Praça da Rotunda, que para variar tem uma fonte e um obelisco. Aproveitamos então para dar uma relaxada tomando café e tomando sorvete num dos restaurantes em volta. As fotos e filme podem ser vistos aqui.

Voltamos para o hotel para fechar as malas e fazer o checkout. O hotel valeu principalmente pela localização. O chato mesmo foi o tamanho do box do banheiro: era menor do que uma cabine telefônica. Alguém um pouquinho mais gordo ou não caberia ou correria o risco de ficar entalado tomando banho...

Fizemos o checkout deixando as malas na recepção e, como ainda tínhamos algumas horas antes de irmos para o aeroporto, fomos bater perna mais um pouquinho. Estávamos extremamente cansados pela maratona dos últimos dias, a chuva estava querendo voltar mas, apesar de estarmos ansiosos para conhecer Israel, estávamos com pena de ir embora de Roma.

Seguimos para os jardins da Villa Borghese, que é como se fosse um Central Park. Ela fica no alto, então tem vistas panorâmicas de Roma, dando para ver até o Vaticano. Para chegar a ela, passamos pela Praça de Espanha e subimos os "Spanish Steps".

Ao chegarmos na Villa, a chuva que vinha ameaçando, apertou. Tivemos que ficar encolhidos embaixo de uma árvore até ela diminuir um pouco. Isso nos forçou a encurtar o passeio, o que foi uma pena pois parece ser um lugar muito agradável. Tiramos algumas fotos que podem ser vistas aqui.

Descemos de novo, desta vez na direção do nosso último lugar a ser visitado, a imponente e ampla Piazza del Popolo. Esta praça tem os habituais elementos das praças de Roma: obelisco e fontes, com a vantagem de não ter trânsito próximo, criando uma área relativamente tranquila.

De lá, voltamos para o hotel, absorvendo e saboreando as ruelas por onde passamos, nos despedindo de Roma. Ao chegarmos no hotel, o motorista que o hotel arrumou já estava esperando e nos sentimos bem importantes: ele estava impecável de terno e gravata e o carro era um BMW. Estávamos saindo de Roma em melhor estilo do que chegamos!

Chegamos até cedo no aeroporto, pois o motorista, no melhor estilo italiano, chegou a 140 km/h na via expressa que leva a ele. Despachamos as malas, compramos um licor de chocolate no Free Shop e fomos para a sala VIP, que era decorada num estilo meio década de 70, parecendo até cenário de filme.

Sala VIP no aeroporto de Roma

Mais tarde, fomos para o portão de embarque, que estava bem cheio e o vôo um pouco atrasado. O vôo, como sempre, estava lotado e inacreditavelmente serviram sanduíche de porco com galinha! Ainda bem que eu não estava com fome, pois tinha comido na sala VIP.

Chegamos em Londres e, como ainda tínhamos algumas horas até o embarque para Tel-Aviv, fomos para a sala VIP que fica em outro terminal. Para isso, tivemos que pegar um ônibus interno que andou pelo menos uns 10 minutos dentro do aeroporto (que é imenso), passar pela segurança de novo, andar um bocado e finalmente chegar à sala. Mas valeu o esforço, pois a sala VIP que o Diner's tinha convênio no Aeroporto de Heathrow foi a melhor da viagem. É muito grande, tinha um buffet com vários tipos de comidas, bolos, doces, bebidas (alcoólicas ou não), sala de cinema, computadores e até um SPA.

Bebendo um chá inglês na Inglaterra


Até breve, Europa
Cerca de uma hora antes do embarque, fizemos tudo de novo, agora em sentido contrário, e embarcamos. O vôo estava quase cheio, com muitos ortodoxos. Apesar de estarmos com bons assentos, foi muito difícil dormir. Já não dava nem para descrever o cansaço que sentíamos e o peso das pernas. Mas a emoção e a expectativa de estarmos embarcando para Israel eram bem grandes e isso ajuda a dar energia.

No próximo artigo: em Israel!


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Um comentário:

Janete disse...

Narração com leveza e bastante detalhes vai nos levando para os lugares maravilhosos.
Aproveitaram bem!
Que venha Israel!
MAZAL TOV!
Bjos